domingo, 10 de julho de 2011

Não uma fábrica de músicos... Uma razão de vida!

       De tempos em tempos alguns setores da sociedade, sobretudo o meio acadêmico, discutem sobre a obrigatoriedade do ensino da música dentro das salas de aula no ensino fundamental e médio. Considerando a defasagem da educação pública brasileira, parece utópico decretar uma lei onde, no cenário atual, não supre nem as necessidades básicas dos alunos, não atendem as condições mínimas de trabalho para os funcionários e, principalmente, para o professor da rede pública que tem apetite mas seu salário é de fome. 
       Discussões a parte, a música é realidade para algumas escolas que, assim como algumas organizações não governamentais, compreendem a música como uma via definitiva, um agente social ativo, capaz de mudar um indivíduo, de atuar de forma significativa na família que por sua vez influencia a comunidade, que modifica a cidade, altera um país até expandir as possibilidades do mundo que se vive. São histórias de superação, são exemplos de dedicação incondicional, são enredos que têm a música como alicerce fundamental da vida. Para os profissionais, quando se tira o instrumento para dançar, transcende-se o tempo e o envolvimento mútuo de homem e 'máquina' se confunde e a magia da música transforma-se em uma festa permanente da alma. Para os amadores e apaixonados, a música está nas FM's dos ônibus, nos elevadores comerciais, nas bandas de boates, nos quartos de hotéis, nos auto falantes dos automóveis, nas televisões nas cozinhas, nas rádios penduradas nos postes da cidade, nas festas de criança, nos batizados alheios, nos casamentos de amigos e nos velórios de parentes.  Seja na educação escolar ou no dia-a-dia das pessoas, se existe natureza humana, estou certo que a música está arraigada nos ouvidos, enraizada pelos tímpanos do seres humanos. A educação não pode ser tratada como um produto. O material é humano e o investimento é a vida! Música para meus ouvidos, educação para minha alma!