quarta-feira, 22 de junho de 2011

Na pupila um telescópio 

Meus olhos vão além do horizonte para ver,
Seus olhos despertar um tornado no meu ser,  
Descobrir o passado é (re)viver
O futuro que acaba de acontecer.

O astronauta na carverna,
O elefante no microscópio,
Tiranossauro na era moderna,
Na pupila um telescópio!

O desconhecido mundo novo,
Uma cabeça sem lembrança,
Flutuando na freqüência,
Dou minha vida à esperança.

Iw

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Recursos Humanos X Copa do Mundo



No país do improviso, estou rouco de escrever que a chance de desatar o nó das amarras de uma política retrógrada e de uma crise econômica que se anuncia de tempos em tempos, está baseada nos alicerces de um plano integrado nas esferas política e econômica a médio e longo prazo (considero aqui a educação, saúde, meio ambiente, inclusão social como compromissos políticos). Qual o planejamento de Nação independente dos interesses partidários que se alternam no poder? Quais as projeções educacionais para 2030? E os próximos passos após as bolsas assistencialistas? Os juros navegam por mares inquietos a cada reunião do Copom e novo pronunciamento do ministério da fazenda enquanto milhares de professores são humilhados dentro das salas de aula e a cada extrato bancário. Outros zilhares morrem sem assistência nos corredores dos hospitais públicos e outros tantos assassinados sem inquérito e lápide.
Quem já não se cansou de ouvir o comentário sobre as precárias condições de infraestrutura brasileira, a então celebre frase “imagina com a copa do mundo”. São aeroportos, estradas, ruas, rodovias, transporte público e tantas outras tragédias nacionais que vem sendo prorrogadas por décadas que tal evento mundial não passa de uma falsa esperança. É provável que os estádios estejam prontos aos 47 minutos do segundo tempo com o triplo do orçamento inicial e que a final no Maracanã será um espetáculo inesquecível – mesmo se o hexa ficar para 2018, porém, os recursos humanos e suas mentalidades, seus costumes e suas atitudes não mudam em 3 anos nem mesmo com toda a inédita boa vontade política. É preciso oferecer, em primeira instância, uma educação de qualidade para só a partir daí consolidar a liberdade de escolha sobre os mais diversos aspectos que vão desde a saúde pública (aborto, doação de órgão e tecidos e drogas) às questões de escolha política como voto obrigatório e, sobretudo, um melhor embasamento referente à escolha do mais qualificado representante político, diga-se de passagem, é esse engajamento que historicamente a classe política fez e faz questão de manter intacto.

domingo, 5 de junho de 2011

Um Olho No Microscópio Outro No Telescópio

Tragédias no Japão e a iminente contaminação nuclear... A Alemanha declarou que fechará suas usinas nos próximos anos e, além do exemplo, fará pressão política e monetária para que outros países sejam “voluntários” ao programa. Uma década de caça a Bin Laden (do atentado de 11 de setembro à morte no Paquistão em 2011) com o mesmo peso e medida para o mar de dúvidas sobre a operação que resultou na morte de “Jerônimo” e os holofotes para a valorização politica sobre Obama. A amorosidade do poder judiciário e a ideia “técnica” de que tudo deve ser decretado na justiça... Os litígios são lucrativos para os advogados, a conciliação é uma educação que acelera a solução, desafoga os tribunais e eleva alguns degraus a civilidade. Após regurgitar algumas das noticias que foram manchete nas últimas semanas, lhe pergunto caro leitor, qual o critério de seleção do que se lê, do que se vê além dos outdoors que poluem o visual e a televisão que faz companhia mesmo sem assistirmos? (Ministério da saúde adverte: neste caso os comercias ecoam ainda mais no subconsciente e a probabilidade de compra amplifica-se drasticamente).
O fato é que a velocidade da notícia atinge quem a consume, que apenas outra é capaz de desfocar a atenção do fato antes mesmo de digeri-lo. Na Tacocracia que se vive, a quantidade de informação transborda de tal forma que o acesso indiscriminado é o revés do conteúdo. Acordo com notícia, desperto com poesia, trabalho com música, estudo com crítica, me divirto com prazer e vou dormir com satisfação. Pense nisso: tenha critério com a cultura que consome como quem escolhe o que come.