domingo, 25 de dezembro de 2011

Magia do Natal

Magia do Natal

           É dezembro e o espírito natalino aflora no peito (e no bolso) de cada cidadão, mesmo para os que, por ventura, não acreditem no velhinho barbudo. É mês de se cumprimentar gratuitamente, de dizer bom dia, boa tarde e boa noite para aquela pessoa que, curiosamente, não foi cumprimentada nos últimos 11 meses. A cidade, o ambiente de trabalho e os mais diversos lares se vestem para a ocasião com decorações espalhafatosas e luzes coloridas e cafonas que, mesmo com o discurso e a estética de sustentabilidade, consomem energia capaz de iluminar pequenas cidades por meses e meses, isso tudo pago pelo contribuinte, ou seja, por você caro leitor.    
          Até então nenhuma novidade. Inédito para mim, foi um amigo renunciar, de imediato, com o termo "Magia do Natal". A princípio, não compreendi e logo critiquei atribuindo tal postura à sua crença religiosa um tanto fanática. Ao passar das horas, degustando (mas sem engolir) a renúncia quanto ao termo "Magia do Natal", percebi que o Natal já batia na porta da casa do meu 13 salário e o espírito natalino já consumia os amigos e inimigos secretos (onde o presente tem valor expresso em Real). Relevemos, afinal esse é o momento de confraternização (mesmo com os desafetos), é a oportunidade de ponderar os prós e o contras (mesmo que na balança o saldo seja negativo), é a ocasião para dar esperança (a que restou na caixa de pandora) àquele regime que não foi feito mas prometido a cada segunda-feira, é tempo de renovar as promessas de uma vida saudável com exercícios diários (que o seu personal espera $ansiosamente$), tempo de focar na promoção no trabalho (que não saiu neste ano novamente), tempo de se dedicar aos filhos, esposas e maridos (mesmo que para isso precise trabalhar mais para compensar todos os indicadores econômicos que se resumem a trabalhar mais e ganhar menos), em suma, é tempo de re: reavaliar, revisitar e, claro, recalcular.
       Pensando bem, será que o pastor não tinha razão? A "magia do natal" fez do nascimento do menino Jesus uma corrida desenfreada às compras fazendo sumir em segundos meu salário, meu 13, minha esperança e tudo o que, ilusoriamente, um dia foi depositado em meu nome! E você? Já liquidou sua conta bancária?

domingo, 10 de julho de 2011

Não uma fábrica de músicos... Uma razão de vida!

       De tempos em tempos alguns setores da sociedade, sobretudo o meio acadêmico, discutem sobre a obrigatoriedade do ensino da música dentro das salas de aula no ensino fundamental e médio. Considerando a defasagem da educação pública brasileira, parece utópico decretar uma lei onde, no cenário atual, não supre nem as necessidades básicas dos alunos, não atendem as condições mínimas de trabalho para os funcionários e, principalmente, para o professor da rede pública que tem apetite mas seu salário é de fome. 
       Discussões a parte, a música é realidade para algumas escolas que, assim como algumas organizações não governamentais, compreendem a música como uma via definitiva, um agente social ativo, capaz de mudar um indivíduo, de atuar de forma significativa na família que por sua vez influencia a comunidade, que modifica a cidade, altera um país até expandir as possibilidades do mundo que se vive. São histórias de superação, são exemplos de dedicação incondicional, são enredos que têm a música como alicerce fundamental da vida. Para os profissionais, quando se tira o instrumento para dançar, transcende-se o tempo e o envolvimento mútuo de homem e 'máquina' se confunde e a magia da música transforma-se em uma festa permanente da alma. Para os amadores e apaixonados, a música está nas FM's dos ônibus, nos elevadores comerciais, nas bandas de boates, nos quartos de hotéis, nos auto falantes dos automóveis, nas televisões nas cozinhas, nas rádios penduradas nos postes da cidade, nas festas de criança, nos batizados alheios, nos casamentos de amigos e nos velórios de parentes.  Seja na educação escolar ou no dia-a-dia das pessoas, se existe natureza humana, estou certo que a música está arraigada nos ouvidos, enraizada pelos tímpanos do seres humanos. A educação não pode ser tratada como um produto. O material é humano e o investimento é a vida! Música para meus ouvidos, educação para minha alma!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Na pupila um telescópio 

Meus olhos vão além do horizonte para ver,
Seus olhos despertar um tornado no meu ser,  
Descobrir o passado é (re)viver
O futuro que acaba de acontecer.

O astronauta na carverna,
O elefante no microscópio,
Tiranossauro na era moderna,
Na pupila um telescópio!

O desconhecido mundo novo,
Uma cabeça sem lembrança,
Flutuando na freqüência,
Dou minha vida à esperança.

Iw

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Recursos Humanos X Copa do Mundo



No país do improviso, estou rouco de escrever que a chance de desatar o nó das amarras de uma política retrógrada e de uma crise econômica que se anuncia de tempos em tempos, está baseada nos alicerces de um plano integrado nas esferas política e econômica a médio e longo prazo (considero aqui a educação, saúde, meio ambiente, inclusão social como compromissos políticos). Qual o planejamento de Nação independente dos interesses partidários que se alternam no poder? Quais as projeções educacionais para 2030? E os próximos passos após as bolsas assistencialistas? Os juros navegam por mares inquietos a cada reunião do Copom e novo pronunciamento do ministério da fazenda enquanto milhares de professores são humilhados dentro das salas de aula e a cada extrato bancário. Outros zilhares morrem sem assistência nos corredores dos hospitais públicos e outros tantos assassinados sem inquérito e lápide.
Quem já não se cansou de ouvir o comentário sobre as precárias condições de infraestrutura brasileira, a então celebre frase “imagina com a copa do mundo”. São aeroportos, estradas, ruas, rodovias, transporte público e tantas outras tragédias nacionais que vem sendo prorrogadas por décadas que tal evento mundial não passa de uma falsa esperança. É provável que os estádios estejam prontos aos 47 minutos do segundo tempo com o triplo do orçamento inicial e que a final no Maracanã será um espetáculo inesquecível – mesmo se o hexa ficar para 2018, porém, os recursos humanos e suas mentalidades, seus costumes e suas atitudes não mudam em 3 anos nem mesmo com toda a inédita boa vontade política. É preciso oferecer, em primeira instância, uma educação de qualidade para só a partir daí consolidar a liberdade de escolha sobre os mais diversos aspectos que vão desde a saúde pública (aborto, doação de órgão e tecidos e drogas) às questões de escolha política como voto obrigatório e, sobretudo, um melhor embasamento referente à escolha do mais qualificado representante político, diga-se de passagem, é esse engajamento que historicamente a classe política fez e faz questão de manter intacto.

domingo, 5 de junho de 2011

Um Olho No Microscópio Outro No Telescópio

Tragédias no Japão e a iminente contaminação nuclear... A Alemanha declarou que fechará suas usinas nos próximos anos e, além do exemplo, fará pressão política e monetária para que outros países sejam “voluntários” ao programa. Uma década de caça a Bin Laden (do atentado de 11 de setembro à morte no Paquistão em 2011) com o mesmo peso e medida para o mar de dúvidas sobre a operação que resultou na morte de “Jerônimo” e os holofotes para a valorização politica sobre Obama. A amorosidade do poder judiciário e a ideia “técnica” de que tudo deve ser decretado na justiça... Os litígios são lucrativos para os advogados, a conciliação é uma educação que acelera a solução, desafoga os tribunais e eleva alguns degraus a civilidade. Após regurgitar algumas das noticias que foram manchete nas últimas semanas, lhe pergunto caro leitor, qual o critério de seleção do que se lê, do que se vê além dos outdoors que poluem o visual e a televisão que faz companhia mesmo sem assistirmos? (Ministério da saúde adverte: neste caso os comercias ecoam ainda mais no subconsciente e a probabilidade de compra amplifica-se drasticamente).
O fato é que a velocidade da notícia atinge quem a consume, que apenas outra é capaz de desfocar a atenção do fato antes mesmo de digeri-lo. Na Tacocracia que se vive, a quantidade de informação transborda de tal forma que o acesso indiscriminado é o revés do conteúdo. Acordo com notícia, desperto com poesia, trabalho com música, estudo com crítica, me divirto com prazer e vou dormir com satisfação. Pense nisso: tenha critério com a cultura que consome como quem escolhe o que come.

domingo, 8 de maio de 2011

Bom Site, Bom Filme!

Recentemente, voltei a assistir filmes com mais frequência graças ao site: redefilmesoline.net , uma vez que não vou à shoppings e televisão por assinatura não supre esse ítem. Um dos filmes que indico, chama atenção de imediato pelo nome curioso: “Reflexões de um Liquidificador “, com méritos para o roteirista José Antônio de Souza que parte do eletrodoméstico (Voz de Selton Mello) para o íntimo das relações e patologias humanas. Sempre acentuado em seus papéis, o ator Pernambucano Aramis Trindade (como investigador Fuinha), contracena com a atriz Ana Lúcia Torre (no papel de Elvira), onde no processo de humanização do liquidificador, está preocupada com o desaparecimento do marido Onofre (Germano Haiut) e nesta trama, se desenrola uma história criativa, divertida e por vezes poética. Assina a direção André Klotzel que indico outro bom filme dele: “Marvada Carne”. Iw

quinta-feira, 21 de abril de 2011

"Destino Pego Por Acaso" na Rede e na Íntegra




Disponibilizado na íntegra totalmente grátis.
Não deixe de conferir:
http://www.bookess.com/profile/igorwestphalen/

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Carta Branca à impunidade?

Após 42 anos, a ditadura militar brasileira permanece viva não apenas na lembrança, ou melhor, no pesadelo dos que sobreviveram aos anos de chumbo, como sobretudo, na herança cravada à ferro na mentalidade estagnada do povo e na postura "burrocrática" das instituições brasileiras. Enquanto a Argentina e outros países cortam a própria carne para consolidar uma justiça histórica, no Brasil insiste-se em jogar para debaixo do tapete todos os horrores e atrocidades cometidos no tempo da ditadura, com o disconcertante e inaceitáves argumeto de anistia mútua. É óbvio que em um momento de conciliação tão difícil, faz-se necessário ceder alguns pontos e impor outros, como em qualquer negociação. Todavia, não há argumentos para negligenciar os atos de estupro, sequestro, tortura, mortes e outros tantos crimes inaceitáveis de qualquer parte, em qualquer instância. Aos que cometeram tais absurdos a liberdade foi concedida. E as famílias das vítimas? Não há indenização que pague uma vida usurpada pelo autoritarismo. A mentalidade de grande parte dos políticos brasileiros persistem em manter inalterada a lógica da impunidade e da ignorância onde não há investimento qualitativo em políticas educacionais a longo prazo. Nosso voto é carta branca para quem nos representa?
Fotografia: German Lorca  Pernas 1970 
 Do surrealismo ao concretismo, as influências no trabalho do fotógrafo paulistano German Lorca, de 88 anos, contemporâneo de Geraldo de Barros e Thomaz Farkas, podem ser vistas na retrospectiva "German Lorca - Olhar Imaginário", que apresenta 57 fotografias, realizadas entre 1949 e 2009. O trabalho de Lorca está em exposição na Caixa Cultural, em São Paulo, de 1º/3 a 15/5. Confira algumas das fotografias expostas no link: http://migre.me/3XoyW 

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Escute agora essa poesia musicada: www.myspace.com/collagegroove


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Livro: "Destino Pego Por Acaso - Poesias & outros Escritos" de Igor Westphalen.

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Escute as poesias musicadas pelas banda collage:
www.myspace.com/collagegroove